A hospedagem que escolhi foi no centro da cidade e por essa razão tive a impressão que a cidade de Lisboa era bastante voltada para a preservação do seu passado e de seus prédios históricos, com poucas referências modernas. Tudo na região central lembra um Portugal de outra época - forte, tradicional e pujante, com belíssima arquitetura, até mesmo com direito a castelos, monastérios e catedrais espalhadas pelo centro histórico. Por essa razão, ao desembarcar na beira da baía onde deságua o Rio Tejo, na região noroeste da cidade, o choque foi grande. Num espaço que lembrava muito o Cais do Porto, em Porto Alegre, o espaço público de lazer era moderno e muito bem estruturado. Com restaurantes, grandes prédios, ciclovias, atrações culturais, esculturas, estádio e centros comerciais, o pouco que eu vi da orla era bonito, novo e preservado. Senti uma pena que Porto Alegre demore mais de trinta anos para botar em pauta a reestruturação do velho e obsoleto Cais do Porto.
O Oceanário se localiza na beira do mar, num prédio bastante grande. A entrada foi um pouco cara: onze euros para estudante, entretanto valeu muito a pena. O conceito principal é de um grande aquário onde a maioria dos animais habitam o mesmo espaço. Tubarões, penguins, arraias e os mais diversos animais marinhos nadam lado a lado, num ambiente, ao meu ver, no mínimo curioso. Há também inúmeros aquários individuais, onde se encontram as moradas de caranguejos gigantes (estes com mais de trinta centímetros de altura), polvos (bastante ariscos e com um tamanho considerável) e pequenos peixes fosforescentes do Índico (até mesmo encontrei o 'Nemo' por lá). Além de animais marinhos, há uma coleção extensa de rãs, sapos e lagartos dos mais bizarros. Inclusive as Lontras-Marinhas do Oceano Pacífico possuem morada no prédio - nais parecendo um Bicho-Preguiça, elas ficam relaxando e brincando entre si na água.
No fim do dia peguei um ônibus para Peniche, com objetivo de buscar a lendária direita de Supertubos.
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