Dia 1 - Finalmente cheguei em Lisboa para dar os primeiros passos de mais uma surftrip: o destino são as ondas cinco estrelas da costa lusitana. Apesar de não por perto amigos que gostaria de estar na companhia para desfrutar desses momentos memoráveis, trilho esse caminho de cabeça erguida e confiante - há tempos que Portugal é um destino sonhado e que nem achava que iria conquistar esse chão tão cedo.
Peguei o avião para cá vindo de Salzburgo. Passei dez dias na Austria, estes divididos entre Viena e Salzburgo, ambos lugares passados com meus primos do lado materno. Foram dias para organizar a viagem para Portugal, botar a cabeça em ordem e, também, finalizar a viagem pelo leste europeu que fiz com minha namorada no mês precedente.
Chegando no aeroporto de Lisboa, após a escala em Palma de Mallorca, tudo fluiu com muita tranquilidade. Logo que desembarquei fui direto para uma banca de revistas comprar uma edição da Vert, famosa publicação de bodyboard português. Para perguntar por direções, por uma vez estava em um país onde falo a mesma língua que os locais e foi facílimo achar uma condução para o centro e, em sequência, achar o albergue. Dessa vez, dei o 'pé-quente' de ter reservado um lugar confortável, limpo e barato.
Consegui fazer o check-in ainda pelas quatro da tarde, por isso decidi dar uma volta pelo centro histórico ainda com um pouco de luz do dia e tive uma sensação engraçada: após alguns momentos de caminhada parecia fazer sentido de pensar que uma boa parte da miscelânea que é o Brasil é oriunda dessa terra. Em alguns momentos Lisboa chega a lembrar o Rio de Janeiro. Tenho dúvidas se essa impressão minha se dá pelo fato de ambas cidades terem as clássicas calçadas de pedras em preto e branco ou pela semelhança dos centros históricos, ou ainda por um fator que não consigo lembrar ou identificar... Enfim, a cidade é fantástica, mas não aguento mais a sede de surf: de turismo mesmo aqui na capital portuguesa irei somente no Oceanário, que parece ser fantástico - o foco vai ser total no bodyboard.
O primeiro desafio era achar os equipamentos que me faltavam: uma roupa de borracha 4:3 (mais conhecido em Portugal como 'fato') e uma prancha de bodyboard (esta popularmente chamada de 'tábua'). Folhando a revista recém comprada, tive o prazer de encontrar uma grande lista das lojas com maior e melhor qualidade de equipamento em toda Portugal e, após uma olhada geral, peguei o endereço da única surf shop de Lisboa listada e me mandei. Nem mesmo peguei o endereço exato, acabei esquecendo, mas sabia que na descrição dizia "junto a estação de metrô de Alvalade" e por isso não me preocupei.
Desembarcando na dita estação, procurei pela loja e nada. Andei em várias direções sem sucesso e depois de meia hora acabei por desistir, estava morrendo de fome e fui jantar um saboroso peixe num restaurante qualquer: para o meu refestelo o peixe-espada com batatas estava fresco, saboros e foi muito barato. Voltei para o albergue e pesquisei por outras lojas, sem muito aparente sucesso em obter informações sobre surf shops na região.
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